quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Nada de nada

Rien de rien.
Ni la réalité, ni fiction.
ce que nous voyons?
composition de l'imagination?

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

de algumas etapas


do olhar, da captura,
da edição, da exposição,
da interpretação, da recepção,
à singularidade da fotografia

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Maria Farinha

Ali estávamos nós,
Uma criança, Maria Farinha e eu.
A criança quis pegar o bichinho.
O bichinho correu de um lado a outro.
Foi e voltou, foi e voltou.

Foi e voltou, foi e voltou.
Pareciam sambar.
Por sorte eu estava com a câmera na mão.
Saquei minha lente e mirei sem foco acertado.
A menina e o caranguejo,
lindos em suas pequenices.
Encontro inusitado.
 

sábado, 17 de dezembro de 2011

Polissemia

Persichetti assinala que a fotografia é polissêmica por natureza
Talvez seja misteriosa, fascinante, encantadora, rixosa...
Penso que não saber ao certo o que está diante dos olhos é 
abertura, ensaio, divagação. Devir?
Vestígio de espaçotempo e de tempoespaço.
Tudo isso ao mesmo tempo...

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Homo sapiens

E eis o registro:
Homo sapiens versus a sua estranha mania de marcar  lugares...
(ou seria outro registro?)

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

o eterno retorno (Nietzsche)

isto existiu ou foi encenado?
cópia da realidade ou ficção?
morte embalsamada ou vida?
o eterno retorno...

 

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

noite enluarada


Quando criança,
eu não gostava de olhar para o céu a noite,
era escuro demais,
grande demais,
com mistérios demais...
Agora, 
contemplo o luar,
ensaio os seus melhores ângulos,
Mas, será que consigo capturar seus segredos?

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

adornos


21:00h
Desloco-me.
Lá fora há luzes amarelas
(as de sempre, dos postes da cidade).
No retrovisor, gotas...
 (Seriam adornos da chuva?)








segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

sombras

Gosto das sombras.
Gosto das linhas, dos desenhos que se formam.
Gosto do deslocamento do referente.
Uma paisagem que se torna outra coisa...

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

ultimas folhas

Lagoa crespa.
É o vento de outono,
ou de outubro...
Restam últimas folhas
ou galhos secos, retorcidos, assustados...
galhos que escapam. 
Isto é de proposito?
Estaria a natureza encenando para mim?

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Garça

Foi difícil, confesso.
Mas, vê-la parada assim, ah!!!
Como uma bailarina habilidosa, andei na pontinha dos pés.
Precisava daquele instante.
Era o nosso instante (exato e preciso).
Quando percebeu minha presença se fez Garça, tão cheia de graça.
Olhou-me e voou.
Colocou-me a bailar.
Ah!!! Aqueles movimentos "garciosos"...

Quis olhar,
Quis acompanhar aquele risco branco no céu
(rascunho da liberdade?)
Depois quis xingar.
Xingar?
Sim, xingar aquele animal que não pousava para mim.
Pode isso? 

E se perguntassem quem invadiu o espaço de quem?
Eu caminhava na lagoa e ela?
Ora, ela fazia Garça! 
obstinadamente...
Garça.

Nos cansamos.
Eu já ia guardar a câmera quando ela pousou.
Tudo bem, não foi tão perto, mas pousou.
Me aproximo?
Aumento o zoom?
Mexo no diafragma, no iso???
Para que tanta parafernalha se talvez o que ali importava era saber o que ela tanto olhava assim, tão distinta e elegante.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

17:50h


17:50h
Interrompi a caminhada.
Olhei para cima.
Vi o céu reluzir em cores.
(Algo singular e talvez passageiro em uma cidade propensa a dias nublados...)
Fiz a captura.
Depois me perdi entre traços, teias, tramas.



ausência

ali havia uma brisa
e do outro lado se via matizes em branco, 
verde e amarelo...