As
mornas águas da lagoa molham suas canelas finas.
O
olhar desconfiado denúncia à fuga que se aproxima
se
a distância entre nós for interrompida.
As
luzes do outdoor capricham na iluminação.
Me
abaixo, rastejo dois passos.
Olho
ou não para o reflexo?
Um
mínimo desvio do olhar me trará a perda
e
a permanência para este registro.
Fixo
o alvo.
Aponto
o canhão.
As
crianças tentam espantá-lo gritando:
- Atira nele! Boom! Boom!
Faço logo o disparo e agora o que avisto é
apenas
a silhueta daquele breve banho noturno.