Ali estávamos nós, Uma criança, Maria Farinha e eu. A criança quis pegar o bichinho. O bichinho correu de um lado a outro. Foi e voltou, foi e voltou. Foi e voltou, foi e voltou. Pareciam sambar. Por sorte eu estava com a câmera na mão. Saquei minha lente e mirei sem foco acertado. A menina e o caranguejo, lindos em suas pequenices. Encontro inusitado.
Persichetti assinala que a fotografia é polissêmica por natureza. Talvez seja misteriosa, fascinante, encantadora, rixosa... Penso que não saber ao certo o que está diante dos olhos é abertura, ensaio, divagação. Devir? Vestígio de espaçotempo e de tempoespaço. Tudo isso ao mesmo tempo...